Quando a Nova Zelândia reabrirá suas fronteiras para estudantes internacionais?

As fronteiras da Nova Zelândia permanecem fechadas para estudantes internacionais. No entanto, intercambistas poderão ficar isentos dessa restrição no futuro, sugeriu o ministro da Educação da Nova Zelândia, Chris Hipkins, na semana passada. Saiba mais.

Afinal, quando a Nova Zelândia abrirá suas fronteiras novamente para estudantes internacionais?
Esta é a pergunta que mais recebemos nos últimos meses aqui na Kiwi Education.

As fronteiras da Nova Zelândia estão fechadas para a maioria dos viajantes desde 19 de março; somente neozelandeses e residentes podem entrar, sujeitos à uma quarentena/auto-isolamento de 14 dias após a entrada.
O site da imigração do governo da Nova Zelândia declara: “Há um número limitado de exceções para outros viajantes que devem solicitar a aprovação da INZ antes de viajar. O ponto de partida para a consideração é que a fronteira da Nova Zelândia está fechada para todas as viagens, exceto as críticas, proteger a saúde pública na Nova Zelândia é fundamental.

Contudo, a indústria da educação, um setor que representa mais de 5 bilhões para a economia neozelandesa, está pressionando o governo pedindo ações rápidas como resposta ao declínio que anda enfrentando nos últimos meses.

“Ao contrário dos turistas que vêm aqui por um curto período de tempo, os estudantes internacionais vêm aqui por um ano ou mais”, ressaltou o Ministro da Educação, Chris Hipkins, em recente entrevista.

Ele ainda continua, “É bem possível que possamos trabalhar com provedores internacionais de educação para gerenciar um período de quarentena.”.

Medidas similares estão sendo tomadas no Canadá, onde estudantes internacionais ficam em quarentena por 14 dias após a chegada.
“É bem possível que possamos retomar a educação internacional nesse ambiente”, salienta Hipkins.

Para que o governo reabra as fronteiras para estudantes internacionais, o ministro disse que instituições e universidades precisam fornecer um “modelo obrigatório” de cuidados que seja convincente.
“Precisamos ver garantia, precisamos de uma boa proposta concreta, mas certamente estamos abertos a recebê-la”, acrescentou o ministro.

Quais medidas as instituições de ensino estão tomando?

As universidades da Nova Zelândia estão discutindo planos de usar vôos fretados para ajudar estudantes internacionais a chegar ao país. Além disso, há avanços nas conversas entre Nova Zelândia e Austrália. Como exemplo, após a Câmara de Comércio Australiana sugerir uma “bolha de viagem” para permitir que australianos e neozelandeses transitem livremente entre os dois países, ambos governos estão conversando frequentemente sobre o assunto.

Por outro lado, as instituições neozelandesas não param de elaborar modelos solucionáveis para o presente momento. O vice-chanceler da Universidade Victoria de Wellington, Grant Guilford, revelou que as universidades cogitam o uso de vôos especiais para trazer os estudantes para a cidade.
“A universidade, juntamente com outras instituições de ensino, está trabalhando com todas as autoridades de saúde e imigração apropriadas para definir o processo de quarentena necessário para trazer os estudantes à Wellington com segurança“, disse o vice-chanceler.

“Estamos investigando a possibilidade de fretar uma aeronave para tornar a experiência o mais simples possível para os estudantes. Se essa idéia é aplicável, dependerá de vários fatores.”, sinaliza Guilford.

De acordo com o plano proposto, os estudantes teriam acesso à acomodação credenciada durante o período obrigatório de quarentena, além de estarem sujeitos aos requisitos de saúde pública, como medida para gerenciar os riscos da Covid-19.

 

Austrália e Nova Zelândia

No caso australiano, a proposta conjunta da Câmara de Turismo da Austrália, Aeroporto de Canberra, Câmara de Comércio de Wellington, Câmara de Negócios de Canberra e Câmara de Negócios de Auckland poderia começar com um “vôo piloto teste” a partir de julho.
Embora um acordo entre a Austrália e a Nova Zelândia possa não alavancar de maneira significativa a retomada do setor educacional, “bolhas” com outros países que estão indo bem poderiam trazer números mais relevantes.

A medida “encorajaria a extensão das redes de aviação para outros destinos ao longo do tempo”, observou John Hart, presidente da Câmara de Turismo da Austrália.

 

“Uma jogada bastante óbvia”

A ICAO, agência das Nações Unidas que promove o desenvolvimento seguro da aviação civil adotou diretrizes em 1º de junho destinadas a “reiniciar o sistema internacional de transporte aéreo e alinhar sua recuperação global”. 

O economista-chefe da Iniciativa da Nova Zelândia, Eric Crampton, estimou anteriormente que cerca de $1,5 bilhão seria o faturamento caso as fronteiras fossem abertas para estudantes estrangeiros por mais de seis meses. Permitir que estudantes internacionais entrem no país é uma “jogada bastante óbvia“, afirma Crampton.

Em um comunicado para o The PIE News , o diretor executivo da Universities New Zealand , Chris Whelan, disse que as universidades estão atualmente trabalhando com agências governamentais para elaborar os preparativos para o retorno de estudantes internacionais.

“Uma série de opções estão sendo consideradas, incluindo o planejamento das disposições de quarentena que precisarão ser implementadas para garantir a segurança dos estudantes, funcionários e do povo da Nova Zelândia”, explicou Whelan.

“Os requisitos regulamentares precisarão ser cuidadosamente trabalhados antes que vôos fretados ou outros detalhes possam ser finalizados”, finalizou o diretor.

 

E o futuro das escolas de inglês?

As escolas de inglês da Nova Zelândia também pediram um posicionamento sobre a questão das fronteiras, uma vez que o número de estudantes tem previsão de cair em até 85% em setembro.

“As escolas estão em uma posição de decidir, com a incerteza sobre as fronteiras, quanto tempo elas podem permanecer abertas e em que ponto elas devem decidir paralisar ou mesmo fechar.”

Wayne Dye, presidente da English New Zealand

“Estamos simplesmente procurando por alguma certeza em torno dos prazos e do processo, para que possamos planejar adequadamente.”, ressalta Dyer

“Simplesmente procuramos alguma certeza nos prazos e processos para que possamos planejar adequadamente e nos preparar para o renascimento do setor, mesmo que isso não seja até 2021.”, acrescentou o diretor da escola CCEL, Glenys Bagnall.

Mark Oldershaw, executivo-chefe da politécnica Whitireia e WelTec, disse que o retorno de estudantes internacionais é vital para a diversidade e cultura das duas instituições, além de ser crucial para a sustentabilidade do setor.

“A Nova Zelândia é uma das principais escolhas de estudantes internacionais ao decidir sobre um destino.”, disse ele. “Queremos continuar a construir a base sólida que temos, fortalecer ainda mais nossas conexões internacionais e, é claro, garantir o gerenciamento dos riscos à saúde dos neozelandeses”.
O executivo-chefe do aeroporto de Wellington, Steve Sanderson, afirma ainda que o aeroporto está trabalhando com o governo, companhias aéreas e outros aeroportos para facilitar chegadas internacionais.

 

O que podemos concluir até o momento?

Está claro que o setor educacional trabalha arduamente para permitir a entrada de estudantes internacionais o quanto antes. Protocolos estão sendo apresentados para que o governo tenha certeza que a chegada dos intercambistas será segura para eles e para a Nova Zelândia. Conversas sobre fretamento de vôos ganham força mas dependem da aprovação do governo sobre o credenciamento de locais apropriados para quarentena bem como procedimentos de segurança obrigatórios  para manter o país livre da Covid-19.

Resta aguardar e acompanhar os próximos movimentos do governo.

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